terça-feira, 12 de maio de 2009

Farol
















Eu sou como uma nau na escuridão da noite,

onde desliza macia em meio ao oceano.

Os ventos batem fortes nas velas como vozes gritantes,

Rasgando as sedas em minha alma errante.


Olho para céus onde nuvens escuras,

caminham apagando as estrelas.

Onde ora antes faziam cintilar nos meus olhos,

o desejo de ter comigo os teus devaneios.


As ondas atiçam com ímpetos e não se acanham,

respingando gotas de lágrimas em meio a solidão.

Levando bem alto o clarão de um farol,

como reflexo prateado na onda da ilusão.


Procuro tentar olhar a direção do farol,

que cintila no rumo procurando a salvação.

Os ventos são fortes com gemidos apavorantes,

farol com seu clarão apontam minha remição.


De repente tudo se transforma em minha visão,

não importa qual seja a direção.

Pois o farol com seus lampejos enfraqueceram,

deixando-me sozinho na solidão.


Direitos reservado ao autor Mario Chaves

3 comentários:

Sorah disse...

Gostaria de ser a primeira a comentar este teu poema..Então! Achei lindo, as vezes quando estou em Angra fico olhando o farol com seus lampejos solitários dentro de uma imensa escuridão...Assim é a nossa vida lutamos lutamos e no fim ficamos sozinhos.Bravo meu anjo eu te amo muito.Beijos e Beijos

Unknown disse...

O Farol no mar representa bem as conquista que temos na vida.E sua luz ilumina as passagem e os caminhos que temos que enfrentar,seguindo de tantas desilusões e sofrimento. No final caímos na realidade que estamos sozinhos e voltamos a ser ventos simplesmente ventos. Maravilhoso este seu poema.

Unknown disse...

Espere com alegria e com felicidade dos deuses e com generosidade do Shivas.
Este poema para representa toda a nossa estada aqui na terra..E lindo a colocação das palavras dentro de uma sustentação puramente abstrata e de sabor ameno. Amigo estou esperando que prometeste.